Líderes sindicais da área da enfermagem estão organizando uma série de manifestações e paralisações nos próximos dias, começando na quarta-feira, dia 28, em uma mobilização nacional. O objetivo dessas ações é pressionar o governo Lula, os estados e municípios para que efetuem o pagamento do novo piso salarial da categoria.
Na última sexta-feira, membros do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (Sindenfrj) saíram às ruas para cobrar o pagamento do piso. O secretário-geral da entidade, Marco Antônio Schiavo de Souza, afirmou que o sindicato está organizando uma “nova paralisação unificada” nesta semana, envolvendo trabalhadores das redes municipal e federal.
Schiavo alegou que o Ministério da Saúde não efetuou o pagamento do piso aos profissionais, assim como não repassou o dinheiro para os municípios, estados e redes filantrópicas. Ele acusou essas entidades de estarem segurando a implementação do piso salarial.
O Fórum Nacional da Enfermagem está preparando uma mobilização no Distrito Federal e nos estados na próxima quarta-feira, dia 28. Em Brasília, a concentração será em frente ao Ministério da Saúde. Na quinta-feira, dia 29, a entidade promete uma paralisação geral.
“A nossa luta é para pressionar o governo federal a repassar o dinheiro o mais rápido possível e também para que os votos no STF sejam modificados em favor dos trabalhadores”, afirmou Solange Caetano, representante da Federação Nacional dos Enfermeiros no fórum.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro declarou que a greve é ilegal e prejudica os pacientes. A entidade também informou que tomará as medidas legais necessárias para garantir o atendimento à população.
“O Ministério da Saúde realizará o repasse dos valores para o pagamento do piso salarial da enfermagem”, afirmou a secretaria municipal em comunicado. “No mês seguinte, o montante será repassado pelo município do Rio de Janeiro para a categoria, proporcionalmente ao valor enviado pelo governo federal.”
