O senador Esperidião Amin, do Partido Progressista (PP-SC), afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tinham conhecimento dos riscos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro. A declaração foi feita durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os protestos.
Amin solicitou o acesso e a quebra de sigilo dos relatórios de inteligência em posse de uma comissão do Congresso. Ele também pediu à relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que inclua no relatório os 11 alertas emitidos desde 6 de janeiro sobre os perigos de invasão do Congresso, do Judiciário e do Palácio do Planalto.
O senador mencionou que os três relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e um despacho do ministro Alexandre de Moraes, todos tratando do mesmo assunto, deveriam ser divulgados ao público.
Amin enfatizou que o STF e o TSE estavam cientes do risco iminente e exigiu a revelação dos nomes dos servidores das Cortes que receberam as mensagens de alerta. Ele ressaltou que as omissões são tão criminosas quanto as ações e destacou uma frase do presidente Lula sobre a porta aberta do Palácio do Planalto, insinuando que a ocultação de documentos só pode ser para encobrir algo.
A CPMI do 8 de Janeiro começou seus trabalhos nesta terça-feira, após ter sido adiada. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama, apresentará o roteiro das atividades. O plano de trabalho foi modificado para incorporar centenas de requerimentos apresentados pelos membros da comissão.