A Polícia Federal reverteu sua posição anterior e informou, por volta das 17h20 desta quinta-feira (1º), que os R$ 4 milhões encontrados em um cofre durante uma operação em Brasília não pertencem a Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
De acordo com o advogado André Callegari, que representa Luciano Cavalcante, seu cliente não possui qualquer ligação com a empresa que foi alvo da operação da Polícia Federal.
A ação da Polícia Federal visa investigar uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações para a aquisição de equipamentos de robótica e realizar lavagem de dinheiro em Alagoas. Mais de 110 agentes da PF e 13 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram mandados de busca e apreensão e prisão em Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
A empresa Megalic, sediada em Alagoas, é apontada como receptora do dinheiro destinado aos equipamentos de robótica. A operação desta quinta-feira foi planejada ao longo de aproximadamente duas semanas, de acordo com fontes ligadas à investigação.
O advogado Callegari afirmou à CNN que a defesa não teve acesso nem ao inquérito da PF, nem à decisão judicial. Ele acrescentou que, quando os policiais foram ao apartamento de Cavalcante em Brasília, possuíam apenas o mandado de busca e apreensão, sem a decisão judicial que fundamentava a ação.
A Polícia Federal esclareceu que os vídeos divulgados à imprensa são referentes à apreensão realizada em um dos endereços alvo de busca e apreensão em Maceió.
Anteriormente, com base nas informações fornecidas pela Polícia Federal, a CNN erroneamente informou que o dinheiro encontrado pertencia a Luciano Cavalcante.
