O novo Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, escolhido por Lula, tem chamado atenção pelos seus gastos públicos. Em apenas seis meses de governo, ele já acumula despesas sem licitação que superam as realizadas pela pasta nos quatro anos da gestão Bolsonaro.
De acordo com os dados, o atual ministro gastou a impressionante quantia de R$ 510 milhões por meio de dispensa ou inexigibilidade de licitação. Em contraste, durante todo o governo anterior, as despesas sem licitação da pasta somaram apenas R$ 99 milhões.
Esses números revelam uma discrepância significativa no padrão de gastos. Com 97% do total destinado a despesas sem licitação, Waldez Góes está distante de seguir o princípio estabelecido pela Constituição Federal, que determina que a licitação deve ser a regra e não a exceção.
Antes da chegada do ministro, os gastos sem licitação eram consideravelmente mais modestos. Em 2019, representaram apenas 7% do total; em 2020, 4%; em 2021, 5%; e em 2022, 1,6%.
Vale ressaltar que Waldez Góes possui um histórico controverso. Como ex-governador do Amapá, ele foi preso pela Polícia Federal em 2010 durante a Operação Mãos Limpas, acusado de fraude em licitação, peculato e associação criminosa pelo Ministério Público Federal. Apesar disso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu, sete anos depois, arquivar o caso por falta de provas suficientes para comprovar as acusações.