Após a votação da medida provisória responsável pela reorganização da Esplanada dos Ministérios, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez uma declaração impactante na madrugada desta quinta-feira, 1º. Ele afirmou que a Casa não estará mais disposta a fazer sacrifícios em benefício do governo Lula. Lira enfatizou que a aprovação da proposta foi o último gesto de confiança ao Executivo e destacou a necessidade de consolidar uma base de apoio no Congresso e aprimorar a articulação política, que tem sido objeto de críticas por parte dos parlamentares.
“É importante que se diga e deixe claro que o governo, daqui para a frente, claro, vai ter que andar com as suas pernas”, disse Lira. “Não haverá mais nenhum tipo de sacrifício.”
A votação da medida provisória era crucial para o governo de Lula, pois, em caso de rejeição, os ministérios criados por ele seriam perdidos, e a Esplanada dos Ministérios voltaria à estrutura ministerial estabelecida durante o governo Bolsonaro. A MP obteve aprovação com uma ampla margem de votos, contabilizando 337 a favor e 125 contra.
Em estratégia para evitar uma derrota na Câmara dos Deputados, o presidente Lula liberou uma quantia expressiva de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça-feira, dia 30. Essa foi a maior liberação de recursos em um único dia desde o início de seu mandato.
O montante foi autorizado por Lula com o intuito de persuadir os deputados a votarem favoravelmente à medida provisória de reestruturação da Esplanada dos Ministérios.